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2016 | ERICEIRA, PORTUGAL

  • vejaaqui8
  • 13 de nov.
  • 4 min de leitura

A Reunião Anual da World Surf Cities Network (WSCN) em Portugal realizou-se entre os dias 13 e 15 de outubro de 2016, nas cidades portuguesas da Ericeira (Mafra) e Viana do Castelo, com o apoio das respetivas Câmaras Municipais e a coordenação técnica da Fomento de San Sebastián.


O encontro reuniu delegações de sete cidades-membro e marcou um momento de consolidação e reflexão sobre o papel do surf como motor de desenvolvimento económico, social e ambiental nas comunidades costeiras.


2016 | ERICEIRA, PORTUGAL

Cidades Presentes

  • Donostia–San Sebastián (Espanha)

  • Durban (África do Sul)

  • Ericeira (Portugal)

  • Las Palmas de Gran Canaria (Espanha)

  • Montañita (Equador)

  • Santos (Brasil)

  • Viana do Castelo (Portugal).


Objetivos da Reunião

A reunião teve como principais objetivos:

  • Reafirmar os fundamentos da WSCN enquanto rede internacional de cooperação entre cidades de surf;

  • Avaliar o Plano de Ação 2015–2016 e o cumprimento dos compromissos definidos em Durban;

  • Debater o futuro modelo de gestão e governação da rede;

  • Definir prioridades e novas linhas estratégicas para 2017;

  • Fortalecer a articulação entre surf, turismo, sustentabilidade e inovação nas políticas públicas locais.


Apresentação de Montañita (Equador)

Durante a sessão de abertura, Luis Felipe Rodríguez, representante do Ministério do Turismo do Equador, apresentou Montañita como nova cidade-membro da rede, destacando o papel do surf na economia local e na projeção internacional do país.


Localizada junto à costa do Pacífico, a vila é o berço do surf equatoriano, com as primeiras escolas e competições nacionais, e representa um modelo de desenvolvimento turístico e desportivo baseado na comunidade.

 

Debate: Valores da Rede

O primeiro workshop teve como foco a definição dos valores centrais da WSCN, com contributos de todas as cidades presentes.


Foram identificados como pilares fundamentais:

  • O intercâmbio de conhecimento e boas práticas entre as cidades;

  • O desenvolvimento do turismo de surf como fator económico e cultural;

  • A proteção e valorização ambiental das zonas costeiras e das ondas;

  • E o fortalecimento da cooperação e crescimento partilhado entre as comunidades locais.


As delegações sublinharam que a força da rede reside na colaboração ativa e no compromisso efetivo de cada cidade.


Avaliação Durban & Santos (2014–2015)

As cidades de Santos e Durban apresentaram as suas experiências como modelos de sucesso no uso do surf para fins sociais.


Em Santos, o Festival Santos Surf City integrou atividades de surf adaptado e programas de inclusão social, com forte envolvimento municipal.


Em Durban, o projeto “Surfers Not Street Children” destacou-se pelo impacto transformador na integração de jovens em situação de vulnerabilidade, sendo reconhecido internacionalmente.


Revisão 2015–2016 e Futuro da Rede

Durante a participação remota de Gold Coast e New Plymouth, foi debatido o futuro da rede e os desafios de comunicação e gestão.


As principais conclusões apontaram para a necessidade de:

  • Estabelecer um modelo de governação mais definido e estável;

  • Melhorar os canais de comunicação interna e externa;

  • Atrair novas cidades e parceiros estratégicos, incluindo possíveis membros como Tóquio e Los Angeles;

  • Reforçar parcerias institucionais, nomeadamente com a ISA (International Surfing Association);

  • Promover a entrada de patrocinadores privados, como a empresa The Perfect Wave.


As cidades reconheceram a importância de consolidar a estrutura da rede e fortalecer o seu posicionamento internacional.


Modelo Organizacional da Rede

Após discussão entre as delegações, foram apresentadas três propostas de modelo de gestão para a WSCN:


  • Manter a estrutura atual, reforçando o trabalho através de grupos temáticos dedicados a Desporto e Ação Social, Ambiente, Desenvolvimento Económico e Marketing;

  • Evoluir para um modelo de gestão privada, com uma direção executiva;

  • Implementar a primeira proposta, mas com abertura para transitar gradualmente para a segunda.


A primeira proposta foi aprovada por unanimidade, garantindo a continuidade da estrutura atual, com coordenação partilhada entre as cidades.


Compromissos e Plano de Ação 2017

As cidades-membro da World Surf Cities Network comprometeram-se a reforçar o apoio institucional e político dos seus municípios à rede, assegurando o cumprimento das quotas e a participação ativa nos projetos conjuntos.


Foi definido o objetivo de apresentar, até junho de 2017, uma proposta de reorganização interna que fortalecesse a gestão e comunicação da rede.


Na área do Marketing, Donostia–San Sebastián assumiu a coordenação da definição do “produto WSCN”, com o apoio de todas as cidades.


Gold Coast comprometeu-se a liderar a expansão da rede, contactando novas cidades, incluindo Tóquio, enquanto Ericeira e New Plymouth ficaram responsáveis por procurar novas fontes de financiamento e parcerias.


Montañita foi encarregada de dinamizar a comunicação interna e promover a partilha de informação entre as cidades.


No eixo Social e Desportivo, Viana do Castelo e Santos desenvolveriam ações conjuntas para promover o surf inclusivo e o desporto como ferramenta de integração.


Na área do Ambiente, a Ericeira coordenaria projetos focados na sustentabilidade e na preservação das zonas costeiras.


Por fim, no domínio do Desenvolvimento Económico, Donostia–San Sebastián lideraria a criação de novas iniciativas de cooperação empresarial e promoção da economia do surf.


Atividades Paralelas em Portugal

O programa da reunião incluiu várias atividades públicas e culturais:

  • Sessões e exposições no Centro Cultural Jaime Lobo e Silva, na Ericeira;

  • Celebração do 5.º Aniversário da Reserva Mundial de Surf da Ericeira;

  • Conferências com os surfistas Tiago Pires e Pedro de Lima;

  • Visitas técnicas ao Centro de Interpretação da Ericeira e ao Centro de Alto Rendimento de Viana do Castelo;

  • Inauguração de um monumento WSCN em Viana do Castelo, com cobertura mediática e presença do diretor da World Surfing Reserves, Nick Strong-Cvetich.


Conclusões Finais

A Reunião Anual de 2016 destacou a importância de fortalecer o apoio institucional e de clarificar o modelo de funcionamento da rede.


Foi sublinhada a necessidade de melhorar a comunicação interna, definir o valor e identidade da WSCN, atrair novas cidades e parceiros e ampliar a cooperação internacional.


A próxima reunião anual foi proposta para New Plymouth (Nova Zelândia), com Montañita (Equador) como alternativa.


Dados da Reunião

  • Local: Ericeira (Mafra) & Viana do Castelo, Portugal

  • Datas: 13–15 outubro 2016

  • Presidência: Donostia–San Sebastián (Espanha)

  • Secretaria Técnica: Fomento de San Sebastián

  • Nova Cidade-Membro: Montañita (Equador)

  • Cidades Presentes: 7

  • Próxima Reunião: New Plymouth (Nova Zelândia) / Montañita (Equador)




 
 
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